“Zambelli atrás das grades: o xadrez da extradição Brasil–Itália”

A deputada federal Carla Zambelli (PL-SP), condenada pelo Supremo Tribunal Federal a 10 anos de prisão pelo ataque aos sistemas do Conselho Nacional de Justiça (CNJ), segue presa na Itália. Na audiência realizada em Roma nesta quarta-feira (27), os juízes decidiram adiar a análise de seu pedido para responder em liberdade, solicitando mais tempo para examinar os documentos do caso.

📌 Mas afinal, como funciona o processo de extradição?

A extradição é o procedimento jurídico pelo qual um Estado solicita a outro a entrega de uma pessoa acusada ou condenada por crime. No caso de Zambelli, o Brasil enviou o pedido com base em tratados internacionais assinados com a Itália. O tribunal italiano analisa se estão preenchidos os requisitos: se há reciprocidade entre os países, se o crime tem equivalência penal na Itália e se não há impedimentos humanitários ou políticos.

Enquanto essa decisão não é tomada, Zambelli continua sob custódia. O parecer médico divulgado nesta quarta atestou que ela está apta a permanecer presa. A defesa, por outro lado, insiste para que a deputada aguarde em liberdade. O tribunal tem entre 24h e 48h para decidir sobre esse pedido, mas o processo de extradição completo pode se estender por semanas ou até meses, dependendo da complexidade do caso.

👉 Nesse tabuleiro internacional, a prisão de Carla Zambelli não é apenas um drama pessoal: é também um teste diplomático e jurídico para Brasil e Itália.