Quando uma guerra começa, ninguém sabe quando — nem como — ela vai terminar.
Ataques cirúrgicos, ameaça nuclear e movimentações dos EUA revelam que o conflito está longe do fim. Netanyahu afirma que o Irã já tem urânio suficiente para até 12 ogivas nucleares. Teerã vai recuar ou o mundo verá mais uma guerra fora de controle?
GUERRA ISRAEL IRÃ
. 📍Por Lisdeili Nobre
6/17/20252 min read


Ainda mais quando o conflito ocorre entre dois países do Oriente Médio, com histórico de disputas e poder bélico expressivo. É o que se vê agora entre Israel e Irã, em uma escalada que parece ter ultrapassado os limites dos ataques pontuais para se tornar um confronto de larga escala.
Segundo declarações do primeiro-ministro Benjamin Netanyahu, a motivação principal dos bombardeios ao Irã está relacionada ao seu programa nuclear — que, segundo serviços de inteligência, já teria material enriquecido suficiente para produzir até 12 ogivas nucleares. Os primeiros alvos foram chefes militares e cientistas nucleares, ataques cirúrgicos que exigiram semanas, talvez meses, de planejamento detalhado e avaliação estratégica sobre possíveis revanches.
Enquanto isso, os Estados Unidos, que inicialmente adotaram uma postura mais contida, aos poucos mostram sinais claros de envolvimento. Analistas avaliam que, se dependesse da vontade pessoal de Donald Trump, o apoio explícito à ofensiva israelense teria sido imediato, desde o primeiro bombardeio.
É importante lembrar que o programa nuclear iraniano teve seu impulso inicial dado pelos próprios EUA, ainda na década de 1950, no contexto da política do “Átomo para a Paz”. No entanto, após a Revolução Islâmica de 1979 e a crescente hostilidade entre os países, Washington passou a considerar o programa como uma ameaça. O que muitos imaginavam ter sido um projeto estagnado, prosperou — e muito.
Por trás dessa nova ofensiva israelense também está o temor de que o Irã, aliado de grupos como o Hamas e o Hezbollah, venha a fornecer suporte nuclear a essas facções, o que ampliaria ainda mais o desequilíbrio de poder no Oriente Médio. Desde os ataques de outubro do Hamas, Israel mantém uma postura agressiva e expansionista, que tem custado a vida de milhares de palestinos — em uma guerra que já é, para muitos, um massacre em curso.
Resta saber se Teerã vai ceder à pressão internacional e aceitar concessões para desativar ou ao menos conter seu programa nuclear.
Diante do acirramento, a pergunta que ecoa no cenário diplomático e militar é: será possível conter essa escalada antes que o mundo assista a mais uma guerra de proporções globais — agora com o risco real de envolvimento nuclear?
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