A Fênix de Lula acumula milhagem
🔥 “A Fênix de Lula acumula milhagem — renasce das cinzas, reorganiza o tabuleiro e transforma cada crise em estratégia política.”
Lisdeili Nobre
10/18/20252 min read


🖋️ Por Lisdeili Nobre
Os adversários políticos, às vezes, são o melhor presente que um candidato pode ganhar. Dão discurso, visibilidade e, com sorte, a própria vitória embrulhada em fita. Lula, por exemplo, é praticamente um mestre zen em renascer das cinzas — e sabe ganhar em cima das trapalhadas dos adversários, ah, como sabe! Sua fênix já deve ter milhagem acumulada. Um sujeito que fareja oportunidades como tubarão sente sangue no oceano — ou, no caso, cheiro de reeleição no ar.
Confesso, cá entre nós (e não espalhe), eu dava altíssimas chances de ACM Neto vencer as eleições na Bahia. Tinha tudo: sobrenome, estrutura, marqueteiro e ego calibrado. Mas o que derruba político, às vezes, não é falta de voto — são os fatores externos, como um cabo eleitoral chamado Lula Fênix da Silva. Já a família Bolsonaro, doutorada em “apenas vencer eleições”, resolveu fazer pós-graduação em geopolítica mundial. Resultado: como diria minha filha do ex, “deu ruim”.
Enquanto isso, lá fora, dizem as más línguas que o todo-poderoso Marco Rubio fez Eduardo Bolsonaro entender, em inglês claríssimo, que “the agenda changed”. Mudou, e como! Mudou com direito a química, economia e ciúmes geopolíticos. Trump já percebeu que o Brasil tropical e continental tem soberania — e, mais importante, mercado. Se ele solta nossa mão, tem uma China ali acenando com tapete vermelho e linha de crédito sem juros (ou quase).
E o Lula? Ah, o retorno da Fênix é sempre mais forte. Agora tonificado, musculoso politicamente, ele decidiu enfrentar o Centrão — essa espécie de condomínio político onde o síndico é Valdemar Costa Neto e o zelador, Hugo Motta, muda conforme o vento (ou a emenda). Costa e sua tropa andam de bico. Não aprovam mais nada, nem se o projeto for pra distribuir oxigênio. O interesse do povo? Já não cabe nem no rodapé das votações.
Mas Lula sabe jogar. Está recolhendo os cargos dos que não rezam a cartilha do “Pai Lula Fênix”. E o marketing petista já escolheu seu novo vilão favorito: o Congresso Nacional. Um antagonista perfeito — cheio de vaidades, CPFs e emendas voadoras.
No fim das contas, Brasília virou um grande tabuleiro. As torres se protegem, os bispos pregam moral, os peões lutam por visibilidade e o rei tenta se mover sem ser encurralado pelo próprio cavalo. Nesse xadrez tropical, ninguém dá xeque-mate: só se reacomoda até o próximo turno. Porque, no Brasil, o jogo político não acaba — ele é reiniciado a cada eleição, com as mesmas peças e novas narrativas.
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