A Bomba Que Pode Mudar o Tabuleiro Global: MOP GBU-57 e o Alvo Subterrâneo do Irã
A única bomba capaz de destruir a usina nuclear subterrânea de Fordow, no Irã, está nas mãos dos EUA — e seu uso pode redefinir o equilíbrio de poder no Oriente Médio.
MOP GBU-57
Por Lisdeili Nobre
6/19/20252 min read


📰 A Bomba Que Pode Mudar o Tabuleiro Global: MOP GBU-57 e o Alvo Subterrâneo do Irã
Por Lisdeili Nobre
Nos bastidores da geopolítica internacional, uma bomba pesa mais do que mil discursos. Literalmente. Com impressionantes 14 mil quilos, a MOP GBU-57 A/B — Massive Ordnance Penetrator — é mais do que uma arma; é um aviso silencioso, estratégico e calculado de que o jogo nuclear iraniano pode ter um fim abrupto.
Projetada exclusivamente pelos Estados Unidos, a MOP é a única bomba no mundo com capacidade real de atingir alvos localizados a dezenas de metros abaixo da superfície terrestre. Não se trata de qualquer alvo: o principal foco seria a usina nuclear de Fordow, uma instalação subterrânea encravada sob uma montanha próxima a Qom, no Irã, a cerca de 95 km da capital Teerã.
A existência de Fordow foi reconhecida oficialmente por Teerã apenas em 2009, embora sua construção remonte a meados de 2006. Desde então, tornou-se símbolo de resiliência e sigilo do programa nuclear iraniano. Localizada a aproximadamente 80 metros de profundidade, protegida por camadas de rocha e solo, além de defesas antiaéreas iranianas e russas, Fordow representa um desafio quase intransponível — exceto por uma única arma no planeta.
A bomba e o avião: dupla inseparável
Não basta possuir a bomba. É preciso ter o braço que a lança. E esse braço é o bombardeiro B-2 Spirit, aeronave stealth também exclusiva da Força Aérea dos EUA. A equação é clara: apenas os Estados Unidos possuem tanto a MOP quanto o avião capaz de transportá-la até seu destino. Nem mesmo Israel, embora dotado de tecnologia bélica de ponta e recentemente envolvido em ataques aéreos às instalações de Natanz — outro centro-chave do programa iraniano — tem acesso a esse tipo de armamento.
Israel ganha os céus, mas não fura a montanha
Os ataques israelenses, ao que tudo indica, neutralizaram parte considerável das defesas aéreas iranianas e atingiram instalações críticas como Natanz. Contudo, destruir Fordow é um passo adiante. É onde o enriquecimento de urânio U-235 já chega a 83,7%, segundo relatório recente da Agência Internacional de Energia Atômica — perigosamente próximo dos 90% necessários para fins bélicos.
É por isso que o primeiro-ministro israelense Benjamin Netanyahu intensificou os apelos a Washington. Sem a MOP, Fordow segue inalcançável. E sem Fordow, o programa nuclear iraniano sobrevive.
Quando e como?
Essas são perguntas que orbitam a alta estratégia militar. O “quando” e o “como” permanecem encobertos pelo manto da inteligência de guerra. Mas o “por que” está cada vez mais evidente: conter uma possível escalada atômica no Oriente Médio antes que o relógio geopolítico ultrapasse o ponto de retorno.
O que está em jogo
Destruir Fordow com uma MOP não é apenas uma demonstração de força — é uma decisão com potencial de alterar o equilíbrio regional e global. Pode desencadear retaliações, reconfigurar alianças e, ironicamente, acelerar o que se busca evitar: uma corrida armamentista com implicações planetárias.
Enquanto as diplomacias fazem malabarismos com palavras, nos hangares dos EUA repousa uma arma que pode decidir, com uma única detonação, o futuro da paz ou da guerra.
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