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Lula em campo, Bolsonaro na trincheira e Tarcísio no radar: quem vencerá a disputa do cabo de aço?
Por Lisdeili Nobre
7/2/20254 min read


🔁 Quem vencerá a disputa do cabo de aço: Lula, o presidente em campo, ou Bolsonaro, o inelegível em guerra?
E no meio da tensão, Tarcísio se move como o nome viável do bolsonarismo para 2026
Por Lisdeili Nobre – cronista e consultora em políticas públicas
Jair Bolsonaro está inelegível, mas age como se não estivesse fora do jogo. Lula está elegível, mas enfrenta as trincheiras do Congresso Nacional — especialmente aquelas montadas para bloquear projetos que visam aumentar a arrecadação, contrariando os interesses insaciáveis por emendas parlamentares do Centrão. A disputa de 2026 já começou, mesmo que nenhum botão de candidatura tenha sido apertado. E os dois principais nomes da política brasileira continuam ocupando o centro da cena — mesmo quando um não pode ser candidato e o outro ainda hesita se será.
Se em 2022 a fórmula foi Bolsonaro + Tarcísio para São Paulo, em 2026 o bolsonarismo quer repetir o jogo em escala nacional — mas agora, cada um por si. E com Lula no tabuleiro, a partida ganha novos contornos — e riscos.
🧱 O cenário: dois gigantes e um país em trincheiras
Bolsonaro e Lula seguem como os dois polos da política nacional, mesmo em situações jurídicas e institucionais completamente distintas. De um lado, um presidente com a caneta, o orçamento e o lulismo enraizado no Nordeste. Do outro, um ex com a retórica, a base evangélica e a revolta contra “o sistema” como combustível.
Enquanto Lula busca viabilidade em um terreno minado pelo Congresso e enfrenta os desgastes acumulados de uma longa trajetória política, Bolsonaro se movimenta como coach ideológico do antipetismo.
E no meio disso tudo, um nome avança em silêncio, tentando escapar da guerra direta: Tarcísio de Freitas, que governa São Paulo e já aparece como o plano A, B e C do bolsonarismo institucional.
🔮 As estratégias em jogo
📌 Bolsonaro: o inelegível mais influente do Brasil
Segue com viagens de bastidores e eventos religiosos;
Atua como fiador de candidaturas bolsonaristas nas eleições municipais de 2024;
Usa Michelle Bolsonaro e, talvez, o autoexilado Eduardo Bolsonaro como pontes para 2026;
Opera no subsolo da política institucional e do bolsonarismo digital;
Não precisa ser candidato para ser líder — usa a inelegibilidade como manto de mártir.
📌 Lula: o presidente mais ativo do mundo — e talvez o mais vulnerável
Tenta sustentar a governabilidade por meio de acordos e choques com o Centrão;
Mantém popularidade, mas enfrenta erosão eleitoral e dificuldade para entregar reformas estruturais;
Enfrenta resistências em pautas ambientais, econômicas e de costumes;
Já acena com uma possível sucessão via Fernando Haddad ou outra liderança petista — mas a rejeição ainda é alta.
🧱 Tarcísio: o nome do bolsonarismo que não grita
Se em 2022 Tarcísio venceu um bastião histórico do PSDB e consolidou a direita em São Paulo, em 2026 ele pode ser a aposta nacional do campo conservador. É técnico, evangélico, militar da reserva, gestor público com imagem limpa.
Mas sua eventual candidatura enfrenta dilemas:
Quer mesmo ser candidato? Tarcísio já demonstrou preferência por concluir seu mandato e teme entregar São Paulo à esquerda;
Conseguirá agradar tanto ao centro quanto à base bolsonarista raiz? É visto como moderado demais pelos radicais e técnico demais pelos populares;
Bolsonaro abriria mão do protagonismo? Mesmo inelegível, o ex-presidente quer controlar sua sucessão — o que pode gerar atritos.
Ainda assim, Tarcísio é o nome que melhor traduz a fórmula “Bolsonaro sem o custo Bolsonaro”.
🧪 2026 será o replay da polarização ou o laboratório do “pós-Lula” e “pós-Bolsonaro”?
Se Lula for candidato, o cenário será um revival de 2022 — com menos surpresa e mais rancor. Mas se ambos atuarem como padrinhos de novos nomes (Tarcísio de um lado, Haddad ou Camilo Santana do outro), o Brasil poderá testar uma transição geracional… sem sair da lógica de guerra permanente.
Ambos dominam o debate, mas já exaurem parte do eleitorado. A rejeição mútua é tão grande quanto a fidelidade. São os dois únicos nomes que ainda mobilizam paixões e votos espontâneos.
🔄 Os nomes no radar: herdeiros e peças de reposição
Tarcísio de Freitas (PL) – técnico, evangélico, disciplinado. Pode unir o bolsonarismo com setores do empresariado e da direita liberal;
Michelle Bolsonaro (PL) – carismática e religiosa, testada como vice ou senadora, mas sem musculatura administrativa;
Fernando Haddad (PT) – aposta natural do petismo, com forte rejeição fora do Sudeste;
Camilo Santana (PT) – ministro da Educação, nordestino, discreto, com potencial de crescimento;
Romeu Zema (Novo) – liberal de Minas, sem carisma popular;
Eduardo Leite (PSDB) – tenta furar a polarização, mas carece de base nacional sólida;
Guilherme Boulos (PSOL) – líder da esquerda jovem, mas com teto ainda limitado.
🎯 Conclusão provocativa:
A pré-campanha de Bolsonaro já começou. A de Lula nunca terminou.
Tarcísio pode ser o trunfo do bolsonarismo — mas só se aceitar o jogo inteiro, inclusive a guerra.
O Brasil, entre o ex e o atual, caminha para decidir se quer o velho duelo com novos personagens, ou novos personagens fingindo não ser parte do velho duelo.
Seja qual for o caso, 2026 já começou — e, como toda eleição no Brasil, tem roteiro de série e clima de guerra.
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